terça-feira, 5 de abril de 2011

Paz.




Por Brennan Manning

O caminho para a paz começa com a aceitação da verdade a meu respeito – toda a verdade. Qualquer fragmento de mim que eu me recuse a aceitar torna-se o inimigo. Minha luta por conviver com certas pessoas tem um explicação simples: elas representam para mim precisamente aqueles elementos que me recusei a reconhecer e aceitar em mim mesmo.

Aceitar a verdade sobre meu próprio dilaceramento é insuportável, se não impossível, sem que eu me volte pra Cristo. Se a visão que tenho de mim mesmo não for purificada pela misericórdia e pela compaixão de Jesus, preciso ser falso, camuflar minhas verrugas e apresentar a você um eu muito admirável, livre de falhas e superficialmente feliz.

Para Meister Eckhart, a equação “em Cristo = em paz” é sempre válida. Quando aceito a verdade a meu respeito, um náufrago que foi salvo, e a entrego à pessoa de Jesus, estou em paz ainda que não me sinta em paz. A paz que procede de Deus e excede todo o entendimento (Fp 4:7) foi conquistada por Cristo na cruz e não depende de seus sentimentos e disposições oscilantes.

A paz que vem de aceitar a verdade inteira sobre mim está enraizada em Cristo, que reconciliou “consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão nos céus, estabelecendo paz pelo seu sangue derramado na cruz” (Cl 1:20). O shalon de Jesus não é mera saudação, mas uma declaração de autoridade do Filho de Deus, Palavra crucificada que produz a paz que proclama.

Sonda-me, ó Deus, e conhece meu coração;

Prova-me, e conhece minhas inquietações.

Vê se em minha conduta algo te ofende,

e dirige-me pelo caminho eterno.

Salmos 139: 23-24.


Meditações para Maltrapilhos

Um comentário:

  1. É sempre um refrigério para a alma ler as meditações inspiradas do Brennan...

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